sexta-feira, 30 de março de 2007

O Segredo para o Êxito das Células de Crescimento

É necessário entendermos que uma Célula de Crescimento sofre todo tipo de enfrentamento de Satanás para que ela não perdure. Muitas são as artimanhas e truques que ele usa para impedí-la de alcançar o seu alvo, ou seja, a salvação das pessoas.

Poderia enumerar uma séria de táticas usadas por ele, no passado, que surtiram muito efeito ao ponto de, em muitas igrejas, o programa das Células de Crescimento deixarem de existir. Meu intuito não é apavorar o líder nem os membros da Célula, pelo contrário, é preparar e capacitar a todos visando um enfrentamento sério, consciente e persistente a Satanás em obediência ao conselho de Tiago: “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tg 4.7).

Quem pecisa bater em retirada é o diabo e não a igreja, mas, infelizmente, muitos líderes e muitas igrejas, ao enfrentarem o assédio e as artimanhas do diabo, preferem bater em retirada, fazendo a leitura inversa do texto de Tiago: “O diabo vos resistirá e vocês baterão em retirada”. Isso não pode e não vai acontecer conosco! Mas, é preciso duas coisas bem simples aconteçam conosco: (1) Conhecer, identificar e discernir as táticas, artimanhas e armadilhas do diabo; (2) Estar preparados para resistir e perseverá até o fim.

Quais são algumas dessas táticas e/ou atimanhas usadas pelo diabo no passado?

1. Alimentar a euforia e o “ego” do líder – No início, tudo parece muito fácil. As pessoas chegam com facilidade; tudo corre muito bem, o líder se sente feliz e até mesmo “orgulhoso” de estar conseguindo liderar a Célula, depois de vencer o medo e a insegurança do início. Tudo parece bem mais fácil do que realmente é. O ambiente de alegria, festa e cordialidade é o marco das primeiras reuniões. Pessoas, do “nada” chegam aparentando estar muito “sedentas”; e o líder se sente como o “salvador da pátria”. Passadas algumas semanas ou meses, derrepente, é como se “tirassem o tapete”; as pessoas somem, o “anfritrião” passa a ter problemas em casa, a desordem se instala na Célula. Muita crítica, pessoas que tinham aceitado a Jesus parecem querer voltar para o mundo. O desânimo toma conta do líder e ele começa a pensar em desistir. Um complexo de culpa cai sobre seus ombros e de, salvador da pátria, ele passa a ser o responsável pela destruição da Célula e, em alguns casos, esses líderes abandonam até a igreja.

2. Descontentamento com as “lições” a serem ministradas – No início, as lições têm pouco valor para o líder da Célula porque a Célula, as pessoas, são mais importantes do que o estudo. Estar com elas, orar por elas, suprir suas necessidades é, pensam os líderes, mais importante do que o “estudo”. Satanás, vai mudando o objetivo da Célula e o papel do líder. Derrepente, o líder já pensa que ele é o “sabe-tudo” e tem todas as respostas. Passa a ser o “pastor” daquelas “ovelhas”. Quando isso ocorre, o líder passa a ser crítico das lições. O escritor não escreve bem, ele não sabe o que se passa na “minha célula”; o tema do estudo não é o que “eu concordo”; se eu escrevesse "eu" faria diferente, etc. Assim, ele, para não parecer rebelde, apenas usa o texto bíblico e o tema do estudo, mas o conteúdo, ele busca uma “inspiração” pessoal e diz o que quer dizer. Alguns chegam a criticar publicamente o escritor do estudo contrariando e combatendo o que a lição ensina. Alguns líderes chegam a dizer publicamente que “discordam” daquele posicionamento mesmo sabendo que estão discordando dos seus pastores. É interessante que, no início, todos os membros da Célula concordam com o líder e até dão força para ele escrever o "seu" próprio estudo. Nas reuniões seguintes, eles trazem temas “pertinentes” e, pouco-a-pouco, a lição é substituída por temas à escolha do líder. É quando Satanás concretiza seu plano. O líder passa a não ter tempo de preparar as lições e começa a falar de imporviso; as pessoas começam a fazer perguntas “complicadas e difíceis” e o líder demonstra insegurança. O líder é confrontado com suas próprias palavras que passam a ser contraditórias. Os membros da Célula assumem a direção das discussões e um “líder” dentre eles assume os debates e é quem sempre dá a palavra final. As pessoas deixam de buscar orientação no líder e se unem àquele outro "líder" que, derrepente, abandona a Célula fazendo com que todos deixem de ir pois o verdadeiro líder perdeu toda a autoridade na Palavra.

3. Problemas familiares – nada afeta mais uma cristão do que ter problemas em casa. Satanás é mestre em criar discórdia e quase sempre por pequenas coisas. O líder vai bem, Deus o está abençoando, mas num determinado dia da reunião da Célula acontecer ser também o dia do aniversário de casamento, ou de um filho, ou a formatura, ou uma visita especial chega a sua casa. Naquele momento, amigável e carinhosamente, lhe pendem para “não ir à Célula”; para mandar “outra pessoa em seu lugar”, para “transferir” o dia da reunião – “só esta vez, só hoje”. Se o líder atender a este "pedido", os membros de sua Célula vão saber que eles não são tão importantes assim para o líder. Satanás vai trabalhar para que os membros da Célula cheguem cedo, tenham muito trabalho para chegar na Célula, etc., afim de que eles fiquem desapontados com o líder devido ao esforço feito e não reconhecido. Na outra reunião, eles não vão aparecer e dificilmente retornarão ao “pique” que estavam antes. Se o líder não atender ao "pedido" e for à reunião, na volta ele enfrentará uma luta espiritual jamais travada por ele: cara feia; indignação; críticas; acusação de estar abandonando a família e uma chuva de textos bíblicos para convencê-lo de que importa primeiro “salvar” sua casa e depois a dos outros. Deste dia em diante, sua família vai declarar guerra contra a Célula deste líder. Cada dia que ele sair de casa para a Célula, uma confusão será armada até que ele desista da Célula.

4. Falta de tempo – Esta é uma armadilha especial do diabo. Ele sabe como nós somos indisciplinados com o tempo. Assim, ele nos enche de coisas sem importância para fazer, especialmente, no dia da Célula ao ponto do líder não ter tempo para ler a Bíblia, ler o estudo, tomar banho, descansar antes da Célula, etc. Com isso, o humor fica desequilibrado passando aos outros, a impressão de que o líder é uma pessoa irresponsável, inconseqüênte, etc. Perde os papéis do estudo, esquece o tema do estudo, o texto bíblico, esquece a Bíblia em casa ou se confunde com ela errando as citações, tendo dificuldades para achar um texto simples, conhecido, etc. Passa a se justificar dizendo que não tem tempo, está correndo muito, enfim, passa a idéia de que aquelas pessoas se tornaram um “peso” em sua vida e são um “atrapalho” ao seu bem estar. Mas elas se lembram que foi exatamente o líder quem as convidou e disse estar disponível para ajudá-las, mas, derrepente, elas se vêem como um peso. Assim, em pouco tempo elas abandonam as Células para dar “tempo” para o líder fazer as suas “coisas”.

5. Missionários do diabo – Uma das mais novas artimanhas do diabo é enviar pessoas com o objetivo de destruir a Célula. Como Satanás sabe que o nosso alvo é alcançar pessoas, ele infiltra seus agentes. Jesus falou do “lobo” no meio das ovelhas. João fala dos que se infultraram entre nós ( 1 Jo 2.18-26); Jesus contou a parábola dos semeadores: um semeou trigo e outro semeou joio (Mt 13.24-30). Qualquer coisa que acontece na Célula que não seja fruto de oração, desconfie de Satanás. Os missionários do diabo conhecem a Bíblia, mas não concordam com ela nem a pratica. Os missionários do diabo cantam, mas não adoram, trabalham mas não servem a Deus; se mostram amigos, mas são falsos; ensinam mas não aprendem; exigem mas não fazem; aparentam ser o que não são. São irônicos, debochados, bricalhões, irreverentes, sensuais, interesseiros, intrometidos, astutos e ladrões. Quando eles vêm, quase sempre são dois ou mais para que um apoie o outro. Eles visitam os membros da Célula e procuram ajudá-los (quase sempre financeiramente) para prendê-los e quando o líder “acorda” os membros da Célula são mais amigos e mais devedores aos “missionários” do que a Deus e à igreja. Não precisa nem dizer que esta Célula vai morrer em poucos dias.

Existem muitas outras tramas, armadilhas e ciladas; a cada dia, Satanás procura nos surpreender com uma tática nova para nos fazer desviar do alvo e do plano de Deus que é de Salvar vidas. Lembre-se, Satanás não é nosso inimigo, ele é inimigo de Deus, portanto, ele não tem a intenção de privar-nos dos nossos sonhos, dos nossos ideiais, mas sim, ele quer frustrar os planos de Deus na nossa vida e no mundo. A guerra dele é contra Deus e ele vai nos usar para ferir o coração de Deus e entristecê-lo profundamente. Por isso, quero recomendar alguns cuidados para que as Células de Crescimento tenham êxito e vença o inimigo:

1. Dependência total ao Espírito Santo

Nunca um líder deve creditar o crescimento da Célula, a chegada das pessoas, a facilidade na ministração do ensino, a si mesmo, às suas habilidades, à sua vida de santidade, etc. Quando nos sentimos “merecedores” das bênçãos de Deus, nos tornamos tão auto-confiantes que nos afastamos de Deus e, tudo que mencionamos acima, acontece em muito pouco tempo. Depender do Espírito Santo implica:

a. Conservar a humildade dando glória a Deus por tudo que acontecer na Célula.

b. Manter uma vida de oração pela Célula e por cada membro da Célula.

c. Buscar orientação Bíblica para cada problema levantado pelos membros da Célula e não na sua experiência pessoal.

d. Ler a Bíblia antes de cada reunião da Célula procurando uma palavra de desafio a cada membro da Célula para a próxima semana.

e. Orar sempre e aconselhar de vez em quando. Quando alguém lhe contar um problema, lhe pedir um conselho, ore antes e depois, se Deus orientar, aconselhe.

f. Tenha parceiros de oração. Busque pessoas que estejam orando por você constantemente.

g. Exercite mais os dons do Espírito e menos as suas habilidades pessoais.

i. Leve cada discípulo a estar mais perto de Deus e menos perto de você.

j. Imite a Cristo e faça-os imitar a Cristo. Nunca seja um intermediário, mas uma voz que aponta o caminho que é Jesus.



2. Oração

O líder de uma Célula precisa cultivar, pelo menos, três modelos de oração:

a. Oração Intercessória – Interceder é pedir por alguém. Peça a Deus bênçãos e, de preferência, pedidos especiais e específicos, para cada um dos membros da Célula. Intercede por eles individualmente citando os nomes e os pedidos. Faça isso até que a resposta seja dada. Você deve orar diariamente por todos ou a cada dia, orar específicamente por um dos membros da Célula.

b. Oração Comunitária – A reunião da Célula tem que ser caracterizada pela oração e estudo da Palavra de Deus. Recomenda-se que se ore, pelo menos, cinco vezes: (1) ao iniciar; (2) pelos pedidos das pessoas; (3) para que o Espírito Santo ilumine o entendimento da Palavra a ser estudada: (4) para que Deus nos capacite a por em prática o que foi aprendido; (5) ao terminar a reunião abençoando os discípulos para que o maligno não os toque. O líder pode compartilhar esses momentos de oração com o co-líder, com membros da Célula, etc.

c. Oração Pessoal – A oração pessoal é um meio de conversar com Deus – falar e ouvir. Jesus recomenda que esta oração seja feita à portas fechadas e em secreto. Através da oração pessoal, o líder se nutre da vontade de Deus e passa a conhecer os proósitos de Deus para a sua Célula, para a Igreja, para a vida de cada discípulo, etc. Neste momento, Deus revela os seus segredos ( Sl 25.14). O líder que despreza esta oração fica sem saber a vontade e os planos de Deus.


3. Cultivar o amor pelas pessoas da Célula

O amor é a chave que abre os corações. Um líder sem amor pelos seus liderados jamais penetrará o coração e jamais será amado pelos seus discípulos. A Bíblia diz que Jesus amou os seus e amou-os até o fim (João 13.1). Nada impediu ou esfriou o amor de Jesus pelos seus discípulos. Um líder de Célula tem que amar as pessoas da Célula e não a Célula. As pessoas precisam saber, sentir, ver o verdadeiro amor que o líder tem por elas. Amor é ação, é visível, é percebível, é mais que sentimento e mais que palavras, é de verdade (1 Jo 3.18).

O amor procede de Deus derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.5). Portanto, não queira amar, não busque qualidades ou razões para amar alguém, busque a Deus e peça a Deus que derrame no seu coração um profundo e verdadeiro amor pelas pessoas de sua Célula. Este verdadeiro amor vai fazer com que todos se unam a você e sejam um em Cristo, fechando todas as portas de entradas para o diabo e seus missionários. Nada poderá resistir ou divivir vocês.

Só teremos certeza de que fomos inundados por esse amor pelos membros de nossa Célula quando ...

1. Quando elas forem realmente importantes para nós.
2. Quando os problemas delas se tornarem os nossos problemas.
3. Quando tivermos prazer de estar com elas.
4. Quando nos interessarmos por quem elas são, do que elas gostam e do que elas fazem.
5. Quando vibrarmos com suas conquistas.
6. Quando chorarmos com suas derrotas.
7. Quando não as julgarmos, mas as perdoarmos.
8. Quando fizermos tudo para que elas sejam felizes.

Se cada líder de Célula levar a sério e observar estes três cuidados, sua Célula se multiplicará centenas de vezes e jamais Satanás impedirá o fluir de Deus. Pode parecer muito “simplista”, mas não é. Estes são segredos preciosos para um líder ser bem sucedido em seu ministério de líderar Células de Crescimento.

A seguir, vou compartilhar algumas dicas de como orientar bem sua Cëlula de Crescimento. Estas dicas foram extraídas do livro “La Escalera del Exito” de César Castellanos.

A. PROPÓSITOS GERAIS DE UMA CÉLULA DE CRESCIMENTO:

1. Experimentar a vida e a presença de Cristo por meio do Seu Corpo, reunido em Células.

2. Oferecer cuidado ao novo discípulo e ajudá-lo nos novos passos em sua vida cristã.

3. Promover comunhão e pastoreio aos membros da Célula.

4. Penetrar na comunidade com a mensagem da Salvação pela fé em Cristo Jesus. A Célula é o principal braço evangelístico da Igreja.

5. Promover assistência social aos necessitados.

6. Abrir espaço para a formação de uma liderança a partir da experiência.

7. Servir a comunidade com atos de amor nas áreas necessitadas.


B. PROPÓSITOS ESPECÍFICOS DE UMA CÉLULA DE CRESCIMENTO:

1. Dialogar. Levar o discípulo a ter uma experiência de dialogar com outros sobre os ensinamentos da Palavra de Deus exposta nas reuniões.

2. Edificar. Introduzir o novo discípulo no estudo da Palavra de Deus, ajudando-o a entender os princípios do Reino de Deus.

3. Formar o caráter Cristão. Modelar os caráter dos membros da Célula ao caráter de Cristo é fundamental, já que a meta é que alcancem a estatura da plenitude de Cristo.

4. Forjar valores. Formar os valores cristãos nas vidas dos membros da Célula é alcançado através do ensino da Palavra de Deus.


C. SUGESTÕES PARA UMA CÉLULA EFICAZ:

1. Seja Pontual.

2. Esteja vestido decentemente.

3. Seja gentil e cortez com as pessoas.

4. Dê participação a todos, sem obrigar ou constranger.

5. Seja agradecido ao anfitrião.

6. Use um tom de voz agradável.

7. Esteja bem preparado compartilhar e ministrar. Recorde-se de que antes de conquistar qualquer coisa na Célula o conquistamos no lugar “secreto”.

8. Motive as pessoas para que sempre tragam pessoas convidadas.

9. Não tenha medo de orar para que aconteçam milagres.

10. Mantenha sempre num nível bem elevado o seu testemunho pessoal.

11. Nunca peça dinheiro emprestado a nenhum dos membros da Célula.

12. Evite liberdades e/ou intimidades que podem ser mal interpretadas.

13. Quando tiver que conversar com uma pessoa do sexo oposto, nunca faça sozinho ou em lugares secretos.

14. Quando tiver que visitar alguém da Célula, nunca faça sozinho, leve o seu co-líder.

15. Seja discreto e sábio na visita. Saiba a hora de chegar e, principalmente, a hora de sair.

16. Não delegue suas responsabilidades da Célula a outrem.

17. Nunca comente com outros o que lhe for dito em segredo e/ou confiança.

18. Não ouça comentários negativos de quem quer que seja.

19. Seja um exemplo de fé para todos os membros de sua Célula, porque sem fé é impossível agradar a Deus.

quarta-feira, 14 de março de 2007

Como ser uma Igreja em Células

COMO SER UMA IGREJA EM CÉLULAS

INTRODUÇÃO

O Cristianismo está vivendo uma das eras mais brilhantes de sua história. A cada dia, mais e mais pessoas estão vindo para Cristo e muitas igrejas estão crescendo de forma fantástica.
O problema é que muitos dos frutos desta colheita não permanecem. As grandes campanhas evangelísticas atraem multidões, mas cerca de apenas 3 a 16% dos convertidos permanecem nas igrejas. Não basta apenas a igreja abrir sua porta da frente para receber as pessoas, é necessário que ela feche a porta de trás para que elas não saiam.

Este é o grande desafio de nossa época: não basta apenas ganhar almas para Cristo, é necessário estabelecer um sistema que garanta que estas almas, ou pelo menos a maior parte delas, permanecerão na igreja e darão fruto.

Um fenômeno mundial tem marcado o destino de várias igrejas ao redor do mundo; as células familiares têm sido a forma, ou método, usado por diferentes igrejas para combater a evasão de membros e aumentar o seu potencial evangelístico. Em decorrência disto, mega-igrejas estão despontando de forma impressionante em lugares que nunca foram considerados como que propícios para o crescimento do povo evangélico.

As células podem variar de uma igreja para a outra, mas a forma como é éfetuada é a base para o seu sucesso. Algumas das maiores do mundo atingiram esta posição após implantar um ministério de células familiares.

Veja os exemplos a seguir:

Nome da Igreja Localização Pastor Células Membros

1. Bethany World Prayer Los Angeles Larry + 500 7.000
Baker Center Stockstill

2. The Christian Center Guayaquil, Jerry Smith 2.000 7.000
of Guayaquil Equador

3. Elim Church São Salvador Jorge 5.500 35.000
El Salvador Garlindo

4. Faith Community Singapura Lawrence 550 6.500
Baptist Church Khong

5. The lntemational Bogotá, César 13.000 + 35.000
Charismatic Mission Colômbia Castelhanos

6. Love Alive Church Tegucigalpa, Renê 1.000 7.000
Honduras Peñalba

7. Living Water Church Lima, Peru Juan 600 8.000


8. Full Gospelh Church Seoul, Korea David Cho 23.000 153.000/700.000
* Dados de 1998


1. Definindo Células Familiares — O que exatamente é uma célula?

—> As células são pequenos grupos com foco no envangelismo incorporados na vida da igreja.

A Célula não é um grupo de: (1) Oração; (2) Estudo Bíblico; (3) Pregação; (4) Cura interior; (5) Discipulado; (6) Programa social.

—> A visão não é ser uma igreja com células, mas uma igreja celular.

Todas as coisas que a igreja precisa fazer - treinamento, discipulado, evangelismo, oração, adoração, comunhão, ensino - serão feitos através das células. Os cultos na igreja são uma celebração da corporação (do Corpo).

As pessoas, como membros do corpo de Cristo, se encontram semanalmente para edificação mútua e para disseminar as Boas Novas para aqueles que ainda não conhecem à Jesus. O objetivo final de cada célula é a sua MULTIPLICAÇÃO, que acontece naturalmente com o crescimento da célula através do evangelismo e das conversões. A célula é simplesmente a igreja se reunindo em pequenos grupos.

Não é um grupo de oração, ainda que a oração seja um ingrediente básico; não é um grupo de discipulado, ainda que o discipulado aconteça espontaneamente; não é um grupo de estudo Bíblico, ainda que o ensino seja enfatizado nas reuniões; não é um grupo de cura interior, ainda que seja um lugar de cura e restauração; não é um ponto de pregação, ainda que o objetivo básico de cada célula seja a multiplicação. A célula reúne um pouco de cada: é um lugar de oração, estudo da Palavra, discipulado, cura interior, apoio e evangelismo.


2. De onde vêem as células?

As células têm seu início e sua base nas Sagradas Escrituras. Em Atos 2:46 Lucas diz que diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam o pão de casa em casa, e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração. Atos 5:42 afirma que todos os dias, no templo e de casa em casa, não cessavam de ensinar, e de pregar a Jesus, o Cristo.

Depois de saírem da prisão, Paulo e Silas se dirigiram para a casa de Lídia que era o lugar onde os irmão se reuniam. Tendo-se retirado do cárcere, dirigiram-se para a casa de Lídia e, vendo os irmãos, os confortavam (Atos 16:40). Falando aos presbíteros de Éfeso, Paulo os exorta dizendo que ele próprio jamais havia deixado de anunciar coisa alguma proveitosa, de ensinar publicamente e também de casa em casa (Atos 20:20). Em Romanos 16:5 Paulo faz uma saudação à igreja que se reúne na casa de Áquila e Priscila. Também I Coríntios 16:19 afirma: No Senhor muito vos saúdam Aquila e Priscila e, bem assim, a igreja que está na casa deles. Ao que tudo indica não era uma reunião temporária, mas uma prática normal da Igreja. Em Colossenses 4:15 Paulo saúda os irmãos de Laodicéia, à Ninfa e à igreja que ela hospedava em sua casa. E finalmente, em Filemon 2, ficamos sabendo de uma igreja que se reunia na casa de uma certa irmã: ... e à irmã Áfía, e a Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa.

No velho Testamento a orientação dada por Deus a Moisés nos faz lembrar as células. Todo o povo deveria ser dividido em células de mil, de cem, de cinquenta, e de dez pessoas. Cada grupo com o seu líder (Êxodo 18:1-27). Foi uma estratégia dada por Deus. É impossível um único líder cuidar de centenas de pessoas.

Jesus dava especial atenção a grupos pequenos quando separou os setenta e os enviou de dois em dois (Lucas 10:1), e também nas inúmeras vezes em que ministrou em casas (Marcos 1:29-34, 2:15, 3:20-34, 7:17, 9:28, Mt 10: 12-14, Lc 10:5-7).

3. As Células na História da Igreja Cristã

João Wesley foi o pioneiro em evangelismo através de células. No final do século XVIII, Wesley tinha desenvolvido mais de 10.000 células chamadas de classes. Milhares de pessoas participavam em suas classes. O pastor David Yonggi Cho cresceu de cinco para 1 milhão de pessoas desde 1959. Em 1970 ele inicou seu ministério de células e atribui à isto o crescimento de sua igreja. Em Bogotá, Colombia, César Castelhanos, após visitar David Yonggi Cho em 1986, implantou o ministério de células em sua igreja. A igreja cresceu de cerca de 200 para mais de 100.000 membros e possui mais de 30.000 células. É hoje, uma das maiores igrejas da América Latina.

Da mesma forma, Sergio Solórzano, após visitar David Yonggi Cho em 1985, implantou o ministério de células. Sua igreja de 3.000 membros na época, conta hoje com mais de 85.000 membros. Em Singapura o pastor Ralph Neighbor, em apenas quatro anos de pastorado, viu serem agregados à sua igreja mais de 4.500 pessoas. Na Tailândia, a Igreja da Esperança em Bangkok, começou com apenas cinco pessoas em 1981 e hoje está com mais de 60.000 membros e com cerca de 1000 igrejas fundadas na Tailândia.

4. Por que o nome Célula?

Biológicamente falando, células são a menor unidade estrutural de um organismo que é capaz de funcionar independente. Uma gota de sangue, por exemplo, tem cerca de 300 milhões de células vermelhas. Da mesma forma como as células se juntam para formar o corpo de um ser humano, as células numa igreja formam o corpo de Cristo. Além disto, cada célula biológica cresce e reproduz suas partes até se dividir em duas células.

Todas as características genéticas recebidas dos pais é estabelecida em cada célula filha. Da mesma forma a célula na igreja cresce e reproduz até se dividir em duas células, porém mantendo as características da célula mãe. A palavra "multiplicar" é melhor aplicada aqui do que a palavra "divisão" porque na verdade as células continuam sendo parte de uma única igreja.

5. Processo de Desenvolvimento

As células na igreja, da mesma forma que a célula humana, passam por específicos estágios. O alvo final é a multiplicação.

1. Estágio de aprendizado
2. Estágio de amor
3. Estágio de união
4. Estágio de lançamento
5. Estágio de multiplicação

6. Qual a importância das células para a vida da Igreja?

A Igreja deve ser um lugar de amor e aceitação. Um lugar onde as pessaos se sintam bem. Um lugar de cura e restauração, de pastoreamento, e edificação. Entretanto pode ser um depósito de tijolos, quando Deus quer um edificio. Deus não nos chamou para ser membros espalhados, mas um corpo. Não podemos confundir crescimento com massificação. O fato de termos muitos tijolos não significa que temos um edificio. As células são uma forma de conciliarmos quantidade e qualidade.

6.1 A igreja como um Família: As células tomam-se mais frutíferas na medida em que se parecem mais com uma família. Algumas pessoas somente serão alcançadas num ambiente de amor e aceitação familiar. Na mente de toda pessoa, o lar é o lugar de aceitação e de expressão incondicionais. É o lugar de acolhimento e aconchego. A igreja é um lar que deve ter todas estas expressões de vida e amor. É essa a proposta das células, um lugar de acolhimento em amor.

6.2 A Igreja como um edifício: Outra ilustração da Igreja é o edificio. Pedras isoladas e amontoadas não constituem um edificio. Um depósito de material de construção não é um edificio. Mas como conciliar vínculos e crescimento numérico? A única alternativa é edificarmos a igreja nas reuniões menores, ou seja, nas células.

6.3 O corpo é outra ilustração da Igreja: Em um corpo, a principal característica é a ligação dos membros. Um amontoado de membros em nossas reuniões não faz de nós um corpo. Para ser um corpo os membros precisam estar ligados uns aos outros para que o sangue da vida de Deus circule entre eles. A Igreja é um organismo e não uma organização. Os membros devem ter função e não cargo; ministério e não mandato. Nós precisamos das células para que cada membro funcione adequadamente. É nas reuniões das células que todos podem desempenhar as suas funções.

7. Os Objetivos da Célula (Atos 2:42-47):

1. ENSINO - "E perseveravam na doutrina dos Apóstolos" (42)
2. COMUNHÃO - "... na comunhão e no partir do pão" (42)
3. ORAÇÃO - "E perseveravam ... nas orações ..." (42)
4. ARTICULAÇÃO DOS DONS - "sinais eram feitos ..." (43)
5. AÇÃO SOCIAL - "..Distribuiam à medida da necessidade" (45)
6. PROPICIAR CUIDADO PASTORAL - "Todos os que creram estavam juntos" (44)
7. MULTIPLICAÇÃO - "O Senhor acrescentava os que iam sendo salvos" (47)

8. Os benefícios deste ministério:

1. Não há gastos financeiros
2. Não limita o crescimento ao tamanho do lugar onde se reúne
3. Quebra toda religiosidade e formalismo
4. Cria-se oportunidade para uma lidenrança reconhecido no meio do povo
5. Permite que os dons distribuidos na igreja se manifestem
6. As pessoas ficam melhor cuidadas e apascentadas não somente pelo pastor
7. Crescimento rápido e consistente

9. Os desafios para a Célula:

1. Ser uma família que se ame de verdade
2. Lugar de edificação dos crentes
3. Multiplicar-se sem degenerar-se
4. Local, data e hora definidos
5. Reunir-se regularmente
6. Criar um ambiente de homogenidade

10. Os inimigos e os obstáculos à Célula:

1. O clericalismo e o formalismo religioso.
2. O prédio da igreja como um templo sagrado
3. Líderes despreparados e desqualificados
4. Transformar-se em uma “mini-igreja”.
5. Caminhar em desarmonia com as orientações dos pastores.
6. Voltar-se para dentro de si mesma e abandonar a multiplicação.
7. Falta de unidade entre os líderes.
8. Ativismo, atividade e não ministério.
9. Imediatismo.
10. Modismo

11. Compontentes da Célula:

Os componentes podem variar de acordo com cada célula. Por exemplo, em alguns casos os líder poderá também atuar como anfitrião, porém, sempre que possível cada célula deverá constar dos seguintes componentes: Líder, Co-líder, Anfitrião, Tesoureiro. Conforme a multiplicação das células outros componentes devem ser apontados para servirem como Supervisores, Pastores de Área, etc.

1. O Líder

É a figura chave dentro da estrutura de células. Pode ser homem ou mulher, jovem ou adulto, solteiro ou casado. Não existe limite de idade específica, mas ele/ela deve apresentar as seguintes características:

=> Incorporar a visão de célula
=> Ser cheio do Espírito
=:> Ser submisso
=> Ser ensinável
=> Ser transparente
=> Ser tratável

* Planejar a reunião do grupo: A reunião deve estar sob controle e não se deve passar a impressão de desorganização. O líder deve designar de antemão quem será o responsável para levar o lanche naquela semana, caso haja lanche.

* Dirigir a reunião do grupo: Esta é a sua função mais importante e sistemática. É sua função incentivar a participação de todos e ser modelo de intensidade e disposição. Ao final da reunião, deve preencher a ficha de acompanhamento e verificar se todos colaboraram para a limpeza da casa do anfitrião.

* Fazer o apascentamento: Durante a semana, espera-se que o líder procure por aqueles membros do grupo que falatarem à reunião. Se houver problemas que não possa resolver, deve procurar o supervisor ou levar o caso ao pastor. O líder deve promover outros eventos de oração, comunhão ou evangelismo, conforme a necessidade do grupo. Se houver novos convertidos, é sua função designar alguém para ministrar-lhes a apostila Nascido de Novo, e também se houver visitas para fazer, ele pode designar um grupo de irmãos para fazê-las.

* Planejar a multiplicação da célula: Planejar e executar a multiplicação da célula junto com o supervisor e/ou pastor.

* Participar da reunião de supervisão: Cada líder deve participar das reuniões de supervisão. Estas reuniões visam o monitoramento das células; além disto, elas buscam também a edificação e motivação pessoal do líder.

* Participar dos treinamentos de reciclagem: As treinamentos visam a reciclagem e aprimoramento do líder em diversas áreas. Um líder bem equipado poderá equipar melhor os membros de sua célula.

2. O Co-Líder

É aquele que caminha junto com o líder e é o seu virtual substituto. Todos os aspectos de caráter que se aplicam ao líder devem ser observados na vida do co-líder durante o tempo em que ele está auxiliando. Todo o trabalho do líder deve ser feito junto com o seu auxiliar. Isto é a forma prática de treiná-lo para fazer o mesmo depois em outro grupo.

3. O Anfitrião

O anfitrião é a segunda pessoa mais importante dentro da estrutura de células. Cabe à ele receber os irmãos na sua casa com disposição e amor. O ideal é termos células somente em casa onde os dois cônjuges são crentes. Entretanto, poderá haver circunstâncias onde este padrão não seja seguido. Os deveres do anfitrião são:

* Receber bem o grupo - O anfitrião deve evitar, a todo custo, estar ausente de uma reunião. É desagradável ir a uma casa onde o dono está ausente. Se houver qualquer reclamação quanto à conduta de algum irmão, sobre uma intimidade exagerada na casa ou danos nos móveis, o anfitrião deve falar ao líder da célula em particular e nunca na frente de todo o grupo.

* A Televisão - Não deve haver nenhuma televisão ligada na casa e nem outra reunião paralela em outro cômodo da casa. O anfitrião deve zelar para que nada atrapalhe o bom andamento da reunião. Isto só é possível quando o anfitrião entende que está desempenhando um ministério diante de Deus e não meramente cedendo a sua casa para uma reunião.

* Se envolver na reunião com o grupo - Há anfitriões que entregam a sua casa, mas não participam do grupo. Isso é tomado pelas pessoas como indiferença e contragosto. O dono da casa deve se uma pessoa simpática; as pessoas devem sentir-se bem em sua casa.

4. Escolhendo a casa

Infelizmente, nem todas as casas são adequadas para receber uma célula. Pessoas que são "room mate" talvez tenham problemas nesta área, principalmente se as outras pessoas que dividem a casa com ela não são crentes. O anfitrião deve ter muita sensibilidade para identificar se a célula será uma oportunidade para evangelismo ou se trará problemas para o convívio das pessoas.

Outro cuidado deve ser tomado com relação a crentes de diferentes denominações que dividem a mesma casa. De forma alguma crentes de outra igreja podem liderar ou interferir no desenvolvimento da célula.

5. Tesoureiro

É a pessoa responsável por recolher, caso haja, ofertas ou doações financeiras para qualquer programa ou atividade da respectiva célula. Ele deverá entregar o dinheiro arrecadado ao tesoureiro da igreja na mesma semana. Todo dinheiro deverá ser administrado pela tesouraria da igreja e não pelas células. Quando necessário, o líder da célula deve solicitar ao Supervisor de células ou alguma quantia para cobrir despesas específicas. O Supervisor providenciará, junto ao Tesoureiro da igreja, a quantia necessária.

6. O Supervisor das Células

É aquele que frutificou na liderança de célula multiplicando várias vezes a sua própria célula. Ele passa então a acompanhar até dez células. Seus deveres são:

* Reunir-se semanalmente com os componentes do seu grupo - Fazendo rodízio, o supervisor deve se reunir com o líder de uma célula e o seu auxiliar, o anfitrião, o tesoureiro. O alvo é motivá-los para o trabalho, orar junto com os líderes, repassar orientações e estratégias, e resolver eventuais problemas. A reunião de supervisão é o momento do líder entregar a ficha de acompanhamento. Com base nesse relatório o supervisor vai determinar as direções novas. Todo tipo de formalismo deve ser evitado e a relação deve ser de discipulado.

* Visitar as células semanalmente - O ideal é que cada superviosr tenha no máximo dez células sob sua orientação. Isto para não passar muito tempo até a próxima visita à célula.

* Organizar a multiplicacão junto com o líder - O supervisor deve estar atento para que uma célula não demore a se multiplicar depois de ter atingido quinze membros. Ele deve ajudar o líder a providenciar um novo anfitrião, distribuir os membros nas duas células e treinar o novo líder.

* Reunir-se semanalmente com o pastor - Os supervisores devem prestar relatório mensal de cada célula que acompanham, ao pastor. Além disto deverão tem um contato semanal com o pastor para também receberm apascentamento e cobertura espiritual.

Cada supervisor deve estar atento aos seguintes aspectos da célula:

* Se há movimentação financeira na célula.
* Se está havendo acompanhamento aos novos convertidos.
* Se a célula tem crescido em comunhão.
* Se o ensino estabelecido tem sido ministrado.
* Se a célula está crescendo.
* Se falta co-líder, tesoureiro, etc.
* Se a frequência da célula está normal.

7. O Pastor

É o responsável pelo funcionamento de toda a estrutura de funcionamento e multiplicação da célula. Portanto, cabe a ele treinar e motivar todos os líderes, supervisores, e pastores de área. Quando não houver pastor de área, o pastor principal assume todas as funções pastorais necessárias.

8. O pastor de área

É o pastor que ajudará o pastor principal no funcionamento das células. Ele coordena um grupo de até cinquenta células. Suas tarefas são:

* Acompanhar o trabalho de cada supervisor reunindo-se com ele semanalmente para apascentá-los e receber prestação de contas de cada um deles, individualmente.

* Criar estratégias e motivar aos seus supervisores ajudando-os na abertura de novas células e nas questões disciplinares dos membros da célula.

* Toda situação de pecado e disciplina deve ser acompanhada pessoalmente pelo pastor de células. Caso seja necessário ele levará o caso para apreciação do pastor principal.

* Junto ao pastor principal, o pastor de área deve prover material de treinamento para cada componente do grupo. Mesmo que repasse para os supervisores aplicarem, os cursos de treinamento devem ser desenvolvidos pelo pastor de área.

* Preparar a listagem dos grupos com todos os seus dados. Isto é fundamental para contactar os componentes das células e acompanhar o desenvolvimento do trabalho.

* Preparar relatórios para a Assembléia da Igreja. É importante que cada membro da igreja entenda o funcionamento da obra e para isso relatórios são muito importantes. O pastor deve utilizar de diversos métodos para isto tais como, murais, cartas, etc.

* Implementar métodos criativos e sistemáticos que motivem os membros à participarem das células.

9. A Organização da Célula:

1. O Tamanho da Célula - Cada célula deve ter no mínimo três pessoas e não deverá ultrapassar o limite de quinze pessoas. O exemplo de célula com Moisés foi de dez (Êxodo 18:21) e Jesus liderou doze. A célula deverá se multiplicar quando estiver com quinze pessoas, porém, ela poderá se multiplicar até com um número menor, mas nunca maior que isto.

2. A Multiplicação da célula - É o processo de uma célula multiplicar-se em outra célula. Isto acontece sempre que a célula chega a quinze pessoas. Neste processo de multiplicação o líder mais experiente sai para formar outra célula junto com os crentes mais velhos. O alvo de cada célula é de se multiplicar pelo menos duas vezes ao ano.

3. Relatório da célula - O líder de cada célula deve prestar relatório mensal sobre o andamento da sua célula. Em caso de algum problema deverá ter uma entrevista com o supervisor.

4. Reunião de supervisão - Semanalmente ou quinzenalmente cada líder deve se reunir com o seu supervisor. É uma reunião de pastoreamento do líder que visa orientá-lo, motivá-lo e assití-lo em qualquer dificuldade. É nesta reunião que os líderes prestam os seus relatórios.

5. Reunião com o pastor - Esta também é uma reunião de pastoreamento do supervisor que visa orientá-lo, motivá-lo e assití-lo em qualquer dificuldade. Nesta reunião, serão ouvidos os relatórios individuais de cada célula.

10. A Reunião da Célula

A principal característica da célula é a espontaneidade e a liberdade para a atuação do Espírito Santo. Não há como padronizar a reunião. Entretanto, a Palavra de Deus nos ensina que tudo o que Deus faz Ele o faz pela Palavra e pelo Espírito. Cada célula precisa, basicamente, destes dois ingredientes: unção do Espírito e revelação da Palavra.

Isto é necessário para que haja vida na célula. Em função disto precisamos de certas práticas e disciplinas espirituais no grupo. Não é um modelo de liturgia, mas certas práticas devem ser exercitadas na célula. Precisamos ter a prática das seguintes disciplinas espirituais:

* Louvor
* Meditação na Palavra
* Oração
* Jejum
* Testemunhos
* Comunhão
* Compartilhamentos

Obs: Este assunto sobre o conteúdo das reuniões nas células, será abordado mais profundamente nas seções de treinamento e reciclagem. Os dons espirituais, o fruto do espírito, o crescimento espiritual, o crescimento numérico e a integração da célula serão uma consequência natural destas práticas.

A. ENVOLVIMENTO - Podemos começar a reunião com uma oração convencional, mas uma forma que envolve mais os participantes é "oração da Palavra." O líder escolhe um texto e leva todos a orar usando o verbo na primeira pessoa. Esta prática, com o passar do tempo, se toma naturalmente parte do louvor e adoração. Cuidados especiais:

=:> Não prolongue por mais de dez minutos;
=> Não deixe que seu estado emocional influencie negativamente a reunião. Cuidado para não demonstrar tristeza ou melancolia.
=> Faça um rodízio deixando uma pessoa responsável pelo início de cada reunião.
=> Busque uma palavra de fé, do coração de Deus para o coração do povo.

B. LOUVOR E ADORAÇÃO - O louvor tem sempre uma parte fundamental em qualquer reunião. O louvor prepara o nosso coração para a Palavra de Deus; é um período no qual confessamos os nossos pecados, exaltamos à Deus, confrontamos as forças das trevas, somos curados, renovados, abençoados e adoramos ao Senhor. O ideal é termos um bom período de louvor no início de cada reunião; a espontaneidade e intensidade é fundamental.

=> Se necessário traga uma folha escrita com os cânticos em cada reunião.
=> Procure ministrar o louvor e não apenas anunciar os cânticos que serão cantados.
=> Estimule as expressões físicas de louvor como palmas, brados, prostar-se, ajoelhar-se, erguer as mãos, clamor, silêncio, marcha, danças, etc.
=> Não prolongue demasiadamente o louvor.

C. A PALAVRA - Cada líder receberá, no início de cada mês, uma apostila com as palavras que devem ser ministradas no grupo. Estas apostilas não devem ser lidas na reunião e nem usadas como revistas de escola dominical. Elas são um auxílio para o líder. O líder deve estimular a participação de todos. Quanto maior a comunicação mais forte será o grupo.

A maneira como as pessoas se sentam no grupo faz muita diferença na sua participação. O melhor é sempre um círculo com uma ou duas cadeiras vazias. No final da palavra, o líder pode usar o momento para orar o texto bíblico que foi pregado com todo o grupo, ou fazer uma confissão com todos juntos.

D. COMPARTILHAMENTO - É importante que todos compartilhem o que Deus falou com eles durante a ministração da palavra. Todos devem falar, ainda que poucos minutos. O líder deve ter os seguintes cuidados.

=> Não pressione ninguém a orar ou falar.
=> Não deixe que os irmãos aproveitem a oportunidade para falarem de outros assuntos.
=> Não deixe que as pessoas relatem confidências muito íntimas neste momento.
=> Todo testemunho deve ser para edificar e motivar o grupo.
=> Nunca permita discussões doutrinárias.
=> Não deixe que ninguém monopolize este tempo.
=> Não tente responder a todas as perguntas.
=> Não permita que alguém tente resolver problemas da igreja nas reuniões.
=> Não permita que se fale sobre uma pessoa que não se encontra presente.
=> Esteja sempre alegre e bem humorado nas reuniões.
=> Dê espaço para que o Espírito Santo dirija a reunião.

E. COMUNHÃO - A confraternização é primordial para o crescimento da célula. Após a reunião deve sempre haver um tempo de comunhão descontraída entre os irmãos. O ideal é que haja algum tipo de lanche. Cuidado, para não demorar demais na casa após o término da reunião. Reconheça os limites da hospitalidade: barulho excessivo, intimidade demasiada com objetos e/ou lugares da casa, hora de ir embora devem ser observados rigorosamente.

Como Começar uma Célula

Como começar uma célula:

(Este artigo foi extraído das orientações dadas aos líderes pela Igreja Monte Sião)

A primeira fase de uma célula normal é a comunhão. É uma das mais importantes e precisa ser estabelecida apropriadamente. Nesta fase, que dura em torno de um mês, pelo menos quatro passos devem ser dados (cada um deles numa região):

1. Convergir expectativas:
2. Estabelecer o alvo
3. Reafirmar a visão da Igreja
4. Estabelecer os pactos do grupo

1. Convergir expectativas

Ao iniciar-se uma célula, logo na primeira reunião, o líder deve explicar aos membros o que é e como funciona uma célula. Cada membro precisa saber qual é a dinâmica da reunião e o que se espera dele. Além disso, é bom esclarecer-lhes sobre o que não é uma célula para que ninguém tenha expectativas erradas.

2. Estabelecendo o alvo

Na segunda reunião, o líder deve expor de forma bem clara, os quatro objetivos da célula: comunhão, edificação, serviço e multiplicação. Também deve ser definida a data da multiplicação do grupo. Quando os membros da célula são previamente informados sobre os objetivos, uma de duas coisas acontece: ou eles se comprometem e se motivam mais, ou abandonam o grupo.

3. Reafirmando a visão da Igreja

Cada membro da célula precisa ver a Igreja Metodista Livre de Long Branch como parte do Corpo, a célula como parte da Igreja e ele próprio como parte da célula. Aí está a razão de nossa existência. Por isso, reafirmamos: Somos uma Igreja em Células. E tudo quanto fazemos, fazemos a partir delas. Além disso, procuramos manter um equilíbrio entre a reunião da célula e a reunião de celebração. Todo membro deve participar dessas duas reuniões, pois delas origina a trilha de crescimento na Igreja: Consolidação; Encontro; Batismo; Escola de Líderes; Auxiliar de Célula; Líder de Célula; Discipulador e Pastor.

4. O pacto das células:

O nosso crescimento espiritual depende de três coisas:

A. Compromisso
B. Relacionamentos
C. Disciplina

Sem compromisso e sem alianças não podemos edificar verdadeiramente a Igreja. Sem compromisso mútuo, a célula não pode existir. Mostramos nosso compromisso com Deus, quando temos compromisso com os nossos irmãos. Os pactos devem ser firmados e relembrados, freqüentemente, pelo líder nas celebrações da Ceia.

1. O Pacto de amor incondicional (Colossenses 3.4-15):
"Eu escolho amar vocês, edificá-los e aceitá-los, não importa o que digam ou façam. Eu escolho amá-los do jeito que vocês são. Nada do que fizeram ou venham a fazer poderá me impedir de amá-los. Posso não concordar com suas ações, mas vou amá-los como pessoas e fazer tudo para suportá-los, na força do amor de Deus que habita em mim".

2. O pacto da honestidade (Efésios 4.25-32):
"Eu não vou esconder como me sinto a respeito de vocês. Contudo, pelo Espírito Santo, procurarei conversar francamente com vocês, de modo amoroso e perdoador, para que nossas frustrações mútuas não se transformem em amargura. Comprometo-me a ser sincero e honesto com vocês, pois sei que, quando falamos a verdade em amor, é que crescemos em tudo, naquele que é o cabeça, Cristo" (Efésios 4.15). Empenhar-me-ei para expressar esta honestidade de maneira sincera e controlada".

3. O pacto da transparência (Romanos 7.15-25):
"Prometo empenhar-me para ser uma pessoa mais aberta e compartilhar meus sentimentos, minhas lutas, minhas alegrias e minhas dores com vocês da melhor maneira possível. Eu farei isso, porque sei que, sem vocês, não irei muito longe. Digo isto para afirmar o valor que vocês têm para mim, como pessoas. Em outras palavras, eu preciso de vocês!"

4. O pacto da oração (II Tessalonicenses 1.11,12):
"Eu faço um pacto de orar regularmente por vocês, pois creio que é isto que o nosso amado Pai deseja: que oremos uns pelos outros para que todos sejam supridos em suas necessidades. Participarei ativamente de quaisquer circunstâncias pelas quais vocês estejam passando, ajudando a cada um a levar o seu fardo".

5. O pacto da sensibilidade (João 4.1-29)
"Assim como desejo ser ouvido, conhecido e compreendido por vocês, do mesmo modo farei tudo ao meu alcance para ouvi-los, conhecê-los e compreendê-los. Também prometo ser sensível tanto a vocês quanto às suas necessidades e esforçar-me para livrá-los do abismo, do desânimo e do isolamento. E, com esse propósito, recusar-me-ei a dar-lhes respostas simplistas para as situações difíceis nas quais vocês se encontrarem".

6. O pacto da disponibilidade (Atos 2.47):
"Aqui estou, se precisarem de mim! Tudo o que tenho " tempo, energia, entendimento, bens, etc. " está à disposição de você, até o limite dos meus recursos. Dou todas estas coisas a vocês, sem quaisquer outras exigências".

7. O pacto de ser confiável (Pv 10.19; 11.9,13; 12.23; 15.4; 18.6-8)
"Prometo manter em segredo tudo o que for compartilhado dentro da célula, de modo a proporcionar uma atmosfera de confiança, necessária à transparência. Entendo, no entanto, que essa discrição não proíbe o meu líder de célula de compartilhar informações adequadas ao meu pastor. Entendo que os líderes e os auxiliares trabalham sob a supervisão pastoral e, como resultado disso, devem prestar contas aos pastores desta Igreja, os quais, por sua vez, prestam contas ao Pastor Maior " Jesus Cristo, meu Senhor!" (Hebreus 13.17).

8. O pacto da prestação de contas (Ez 3.16-21 e Mt 18.12-20)
"Dou a vocês o direito de questionar-me, confrontar-me e desafiar-me em amor, quando eu estiver falhando em relação à minha vida com Deus, à minha família e ao meu crescimento espiritual (oração, estudo da Palavra, etc.). Confio que vocês serão guiados pelo Espírito quando assim o fizerem. Preciso de sua correção e repreensão, de modo a aperfeiçoar meu ministério, dado por Deus, no meio de vocês. Faço o pacto de não reagir!" (Pv 12.1,15; 30.10,18).

9. O pacto da assiduidade (Lucas 9.57-62)
"Não entristecerei o Espírito, nem impedirei o seu trabalho na vida dos meus irmãos por minha ausência às reuniões, exceto em caso de emergência. Somente com a permissão dEle, em oração, considerarei a ausência uma possibilidade. Se estiver impossibilitado de comparecer por qualquer razão, em consideração aos irmãos, comunicarei ao meu líder de célula para que todos os membros do grupo saibam o que está acontecendo, para que possam orar por mim e não tenham maiores preocupações comigo".

10. O pacto da multiplicação (Mateus 25.31-46)
"Faço o pacto de encontrar meios de me sacrificar por aqueles que se encontram fora da Igreja, da mesma forma fiz a aliança de me sacrificar por vocês, meus irmãos e irmãs. Darei o máximo de mim para trazer dois ou mais incrédulos para a minha célula durante o seu ciclo de vida. Quero fazê-lo em nome de Jesus para que outras pessoas sejam adicionadas ao reino de Deus, por amor a Ele!"

Segundo Estudo para a plantação de uma Célula Familiar

Células Familiares
2 — COMO SELECIONAR OS TRÊS

“Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome aí eu estou no meio deles”.
Mateus 18.20

A. ENTENDENDO O CONCEITO DOS TRÊS:

Deus sempre nos dá desafios possíveis de ser alcançados sem muito esforço. Além de ser um número ímpar evitando qualquer “empate” que dificulta qualquer decisão para a ação, os três trazem a lembrança da Trindade Divina (Pai, Filho e Espírito Santo) e da trindade humana (Corpo, Alma e Espírito).

Assim como Deus sempre atua em harmonía com a Trindade e é impossível ao homem viver sem Corpo, alma e Espírito, assim, qualquer Célula Familiar precisa pensar em conseguir seus três primeiros membros.

Cada um dos três responsáveis pela Célula: o líder, o co-líder e o anfitrião, depois de orar, estabelecem três pessoas que serão alvos de suas orações particulares e da Célula. Esses, após um mês de oração e jejum, serão convidados a vir à Célula.
Durante um mês os três estarão orando pelos seus três e pelos três dos demais, ou seja, todos estarão orando pelos nove, sendo que cada qual tem a responsabilidade não só de orar pelos seus três, mas contactar, convidar e trazê-los à célula.

B. QUEM SÃOS MEUS TRÊS?

· Um membro da família
· Um amigo de trabalho
· Um vizinho
· Um amigo de um amigo meu.
· Um visitante da igreja que ainda não se decidiu por Cristo.
· Alguém que Deus me deu o privilégio de conhecer recentemente.
· Alguém que precisa urgentemente de Jesus.

C. AS CÉLULAS E OS TRÊS:

• Os três dos três, ou seja, os nove, são o primeiro alvo da Célula.
• Um vez que a Célula já tenha os doze (3 dos três e os três responsáveis: Líder, co-líder e o anfitrião), ela pode pensar em multiplicar-se.
• É certo que cada um dos seus três, vai ser desafiado, depois de decidir-se por Cristo e ir ao Encontro, assumir o compromisso de orar por três como vocês fizeram por eles.
• Uma vez que a Célula chegue a 18 membros, deve ser multiplicada em duas células de 9 cada uma.
• Em casos excepcionais, uma célula com doze pode ser multiplicada em duas de seis membros.

Obs: Outras pessoas, além das 9, podem ser convidadas e aceitas como membros da célula.

D. QUAL O TEMPO DE DURAÇÃO DE UMA CÉLULA?

Vai depender do anfitrião. Existem pessoas que oferecem seus lares para começar uma célula, mas não deseja que esta célula fique por muito tempo em sua casa, assim, no momento da multilicação da célula, o líder e os pastor podem optar por uma das seguintes opções:

1. Multiplicar a célula permanecendo uma das células na mesma casa. Neste caso, a célula principal se multiplica em duas sendo que uma continua no mesmo local e a outra é estabelecida em outro local. O co-líder se torna o líder da célula que permanece na casa e o líder segue como líder da célula que foi para outro lugar. O processo do 3X3 deve ser mantido em todas as células. A cada multiplicação, se renova o desafio do 3X3.

2. Multiplicar a Célula começando em dois lugares diferentes. Neste caso, o anfitrião pode ser um dos líderes ou co-líderes das novas células. Quase sempre é utilizada esta opção quando o anfitrião deseja tornar-se um co-líder ou líder de uma célula já que não é recomendável que o líder hospede a célula em sua casa. Novamente devo lembrar do processo de crescimento de uma célula através do 3X3.

E. O CRESCIMENTO DA CÉLULA:

As células crescem e se multiplicam através do programa 3X3 que exige:

1. Orar por três pessoas
2. Visitar e fazer contato com as três pessoas alvos de oração
3. Convidá-las à célula.
4. Encaminhá-las ao Encontro com Deus.

F. EXERCÍCIO BÍBLICO:

Para que você entenda este princípio de 3X3, leia o texto de 1 Coríntio 14.26-29 e discuta o importante papel que exerce os “três” para o equilíbrio espiritual e saúde da igreja.

terça-feira, 13 de março de 2007

Quarto Estudo para a plantação de uma Célula Familiar

Células Familiares

4 - PREPARANDO-SE PARA A COLHEITA

“Eis que o semeador saiu a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho; foi pisada, e as aves do céu a comeram. Outra caiu sobre a pedra; e, tendo crescido, secou por falta de umidade. Outra caiu no meio dos espinhos; e estes, ao crescerem com ela, a sufocaram. Outra, afinal, caiu em boa terra; cresceu e produziu a cento por um. Dizendo isto, clamou: Quem tem ouvidos para ouvir, ouça”. (Lucas 8.5-8)

A. Somos semeadores:

No programa das Células, Jesus nos envia como semeadores. Semeamos a Palavra de Deus nos corações das pessoas. Isto implica:

1. Usar a “semente” que é a Palavra de Deus — é preciso evitar emitir nosso “eu acho” e sim buscar a verdade na Palavra de Deus. Quando alguém insitir em impôr o que ela “acha” será preciso que o líder da célula peça que ela fundamente o seu “eu acho” na Bíblia, caso contrário, o assunto deverá retornar à Palavra de Deus.

2. Não selecionar o “terreno” a ser semeado — Temos a tentação de julgar quem está pronto ou não para ouvir a Palavra de Deus. Neste texto, o semeador semeou em todos os tipos de solo que ele encontrou. Devemos nos lembrar que o crescimento é dado por Deus. (1 Coríntios 3.7-8)

3. Os resultados nunca serão os mesmos. Cada pessoa responde de modo diferente à mensagem de Deus. Não podemos esperar que essas pessoas pelas quais estamos orando e que estarão aqui a partir da próxima reunião, respondam da mesma forma uma das outras.

4. Para tanto precisamos trilhar a estrada dos Ps: Perdão, paciência e perseverança.


B. A cadeira vazia!

Uma célula não pode fechar-se às nove pessoas, alvos da oração; lembre-se: é Deus quem chama os seus (Atos 2.39). Além dos 9, temos a missão de abrir espaço para aqueles que Deus tem trabalho para salvá-los; por isso a cadeira vazia.

Ao iniciar uma reunião da célula, é colocada uma cadeira vazia ao lado do co-líder e é feita uma oração de intercessão para que Deus traga uma nova pessoa à esta mesma reunião ou para a próxima reunião. Quando Deus der a pessoa para a reunião em questão, ela se sentará na cadeira vazia, caso contrário, a cadeira permanecerá vazia. Isso deve repetir-se em cada reunião da célula.

C. Quem e quando se senta na cadeira vazia?

A cadeira vazia é o alvo missionário da Célula. É lançar-se pela fé para conquistar aqueles a quem Deus está chamando. É preciso algum discernimento para utilizar com sabedoria e unção a cadeira vazia.

1. A cadeira precisa estar estrategicamente colocada para facilitar que alguém se sente nela.
2. A intercessão deve ser incisiva para que Deus traga alguém naquela mesma reunião.
3. Após a intercessão, qualquer pessoa que chegar à reunião sem ser convidada especificamente para aquele dia, deve sentar-se na cadeira vazia.
4. Quando alguma pessoa, que não faz parte dos 9, chegar à reunião é recebida como resposta à intercessão da cadeira vazia.
5. A pessoa visitante deve ser informada que a célula orou por ela quando a cadeira ainda estava vazia e que a presença dela é resposta às orações. Agora, juntos, vão orar para que Deus mande alguém ainda naquela reunião ou para a próxima reunião.

C. Cuidados para tornar a reunião prazeirosa:

“Com efeito, os teus testemunhos são o meu prazer” (Salmo 119.24). As pessoas que chegarem à célula, precisam ter prazer de estar na presença de Deus. Para isso, é necessário tomarmos alguns cuidados:

1. Tratar as pessoas pelo nome.
2. Não as obrigar a falar ou a ler qualquer coisa.
3. Não fazer nenhuma pergunta, apenas dar oportunidade para que alguém faça alguma colocação, se assim o desejar.
4. Evitar servir qualquer tipo de comida para evitar constrangimentos.
5. Ser pontual para começar e para terminar.
6. Não dar nenhum material para levarem para casa e nenhum “dever de casa”.
7. Chegar sempre antes dos seus três e sair sempre depois deles.
8. Não permitir que ninguém monopolize a reunião.

ATENÇÃO: Os estudos bíblicos a serem analisados pela célula são escritos pelos pastores e entregues aos líderes no domingo anterior à reunião da célula.

D. O programa da reunião: Tempo de duração 1 hora e 15 minutos!

1. Colocar a Cadeira Vazia.
2. Oração de intercessão.
3. Conhecendo os participantes—identificando os visitantes.
4. Pedidos de oração para que todos orem.
5. Intercessão por alguns dos nove que ainda não vieram à célula.
6. Estudo Bíblico.
7. Comentários finais e avisos.
8. Oração final.

ATENÇÃO: Caso haja necessidade, pode-se ouvir uma música num CD, à critério do líder. Não é recomendável de se cante hinos nessas células visto que os visitantes não poderão cantar por desconhecer a música.

Terceiro Estudo para plantação de Células Familiares

Células Familiares

3 — COMO NÃO SER UM CRISTÃO “CHATO”

“Porém, não os encontrando, arrastaram Jasom e alguns irmãos perante as autoridades, clamando: Estes que têm transtornado o mundo chegaram também aqui, os quais Jasom hospedou. Todos estes procedem contra os decretos de César, afirmando ser Jesus outro rei”. (Atos 17.6-7)

A. Cair na “Graça do povo”: (Atos 2.47)

O Livro dos Atos dos Apóstolos tem um toque de sensibilidade quando a palavra “graça” é usada para descrever a forma como os discípulos eram recebidos pelas pessoas. Cair na graça é ser aceito por alguém. Neste caso, cair na graça é ser aceito por alguém.

Quando não somos aceitos, tão pouco nossas palavras ou o nosso testemunho será aceito impedindo que a pessoa receba a mensagem do Evangelho e se converta.

Nossa primeira missão, nosso alvo prioritário, nossa primeira tarefa para com os três por quem estamos orando, é cair na “graça” deles.

B. Que fazer para “Cair na graça” de alguém?

1. Demonstrar interesse pela pessoa.
2. Interessar-se pelo que ela gosta.
3. Estar presente no momento certo e na hora certa.
4. Priorizar a pessoa e não a nossa “agenda”.
5. Lembrar de datas e momentos especiais tais como: aniversário, visitar no hospital (em caso de enfermidades), passeios e programas especiais.
6. “Gastar” tempo com a pessoa (Jogar conversa fora).
7. Nunca “bisbilhotar” a vida da pessoa com perguntas indiscretas e/ou incovenientes.
8. Compartilhar alguma experiência que revele nossa confiança na pessoa.
9. Guardar segredos que nos forem contados.
10. Procurar aproximar-se dos melhores amigos da pessoa.
11. Valorizar os membros da família da pessoa.
12. Não desprezar os sentimos e “problemas” que aos nossos olhos possam parecer “ridículos”.
13. Ser sincero, acima de tudo.


C. Pontos de Contato:

Use os seguintes meios de contato para “cair na graça da pessoa”.

1. Descubra o tipo de lazer que ela mais gosta.
2. Descubra qual o meio de comunicação que ela usa. (rádio, TV, telefone, carta, livros, etc).
3. Qual a melhor hora para comunicar-se com ela.
4. Qual o melhor local.
5. Onde ela vai com freqüência.
6. Que amigo exerce influência ou domínio sobre ela.
7. Descubra alguma coisa que lhe seja de grande valor.
8. O que faz dessa pessoa uma pessoa diferente?

—> Uma vez que você descobriu o ponto de contato, comece a utilizar um ou mais desses pontos de contatos para que você seja aceito por esta pessoa e assim ela se torne uma amiga e um terreno fértil onde a Palavra, uma vez semeada, possa produzir muito fruto.

D. Conservando a “Graça”.

Infelizmente muitos crentes se apresentam como “amigo” da pessoa, apenas para que ela se converta; depois, a abandona e a deixa isolada. Isso é pecado! Nosso amor não pode ser interesseiro, mas sincero e real. Por isso, você precisa fazer dessa pessoa um possível membro do seu grupo de doze.

Isso significa que você não só vai evangelizá-la mas discipulá-la à imagem de Cristo e encaminhá-la ao Pré-Encontro, Encontro, Pós-Encontro e Escola de Líderes. Durante todo esse tempo, você será o instrumento de Deus para mantê-la nos caminhos de Deus.

E. Compartilhe ...

Que dificuldades e/ou barreiras você precisa vencer para “cair na graça” de uma pessoa? Permita que as pessoas orem por você, se possível com imposição de mãos e assuma o compromisso de, durante esta semana, vencer uma dessas dificuldades e/ou barreiras expostas por você.

Que na próxima semana as pessoas possam saber como foi a sua conquista.

O Primeiro Estudo para a plantação de uma Célula

Células Familiares
1 — Intercessão

“Clama a mim e responder-te-ei coisas grandes e ocultas (firmes) que não sabes”.

A. DEFINIÇÃO:

Ação de apresentar súplicas e petições a Deus, geralmente a favor dos outros. Tanto o verbo hebraico “paga” como o grego “Etygjano” quer dizer: Encontrar-se com uma pessoa. E seu significado deriva de “buscar seu auxílio”.

B. A INTERCESSÃO DEPENDE DE:

· Um sentido de solidariedade entre os homens, que o induz a buscar o bem do outro.
· A convicção por parte do intercessor de que Deus pode salvar ou abençoar a pessoa necessitada por quem se intercede.

C. A IMPORTÂNCIA DA INTERCESSÃO:

• A intercessão é parte essencial da vida cristã, especialmente na vida dos obreiros de Deus.
• A Intercessão precisa ocupar o maior tempo da nossa vida de oração, pois quando aprendemos a interceder por outros, Deus cuida de nós e muda a nossa sorte.
• A intercessão trabalha no nosso ego e molda o nosso caráter para que pareçamos mais e mais com Cristo, que é o nosso modelo.


D. COMO SE CONSEGUE VITÓRIA NA INTERCESSÃO?

· Lance a ofensiva em oração. II Co 10.4-5
· Faça tudo no poder do Espírito. Zc 4.6; Is 59.19
· Resista e expulse Satanás com fé. Mt 16.19
· Sature sua mente com a Palavra de Deus. Cl 3.16; Rm 10.17
· Consiga apoio de outras pessoas em oração. Mt 18.19
· Persevere em oração até derrotar Satanás. Is 62.1


E. O ESTUDO DA BÍBLIA E A INTERCESSÃO

· A Palavra de Deus tem uma ligação direta com a intercessão; pois é ela quem estabelece a base, a forma, o porquê e os resultados da intercessão.

· O papel primordial, no entanto, das Escrituras na intercessão é que as palavras contidas na Bíblia, especialmente as promessas, devem ser confessadas como declaração de fé diante de Deus e das potestades.

1. Algumas formas de usar a Bíblia que ajudam a tornar a intercessão mais eficaz:

1. Comece os períodos de oração lendo a Palavra de Deus.

2. Aplique o que lê à sua vida.

3. Faça leituras das Escrituras durante o seu tempo devocional.

4. Encha sua mente da Palavra de Deus para aumentar sua fé. (Romanos 10.17)

5. Memorize versículos que podem ser úteis na oração.

2. Algumas formas de usar a Bíblia que ajudam a tornar a intercessão mais eficaz:

1. Recite as Escrituras para louvar e adorar ao Senhor.

2. Utilize as orações e expressões de oração da Bíblia. Por exemplo:

* Purificação — Salmo 19.12-13; 51.1-10
* Bênção para o trabalho — Salmo 90.16-17
* Cumprimento da Palavra — II Samuel 7.26-28
* Direção divina — Salmo 5.8; 25.4-5; 31.3

3. Declare as promessas da Bíblia quando ora.

4. Use as Escrituras para responder a Satanás. A guerra espiritual é mais efetiva quando utilizamos a Palavra de Deus. “Da mesma maneira também o Espírito ajuda as nossas fraquezas. Não sabemos o que havemos de pedir como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.

F. O ESPÍRITO SANTO E A INTERCESSÃO:

· O E. S. aumenta em você o desejo de orar.

· O Espírito Santo traz à memória a Escritura enquanto você ora.

· O Espírito Santo o torna consciênte das metas espirituais que deve alcançar.

· O Espírito Santo o torna consciênte das necessidades que devem ser supridas.

· O Espírito Santo lhe dará um peso de oração.

· O Espírito Santo o chamará à oração em momentos de crise.

· O Espírito Santo dará profundidade, poder e fé especial à sua oração.